domingo, 18 de abril de 2010
Naquele dia...
Sentou-se.
Não era a primeira vez que o fazia, mas naquele dia havia esquecido os sons do mundo lá fora - fora necessário. Madame Heart anunciara a chuva e não seria um bom dia para procurá-las, assim ele explicou.
Leve por assim dizer, sorriu como se fosse criar um novo mundo.
Deitou-se à mãe Terra e olhou a constelação que havia sobre sua cabeça.
Ainda era dia, mas para ele, a noite sempre se fazia com estrelas coladas em um céu azul com manchas da última chuva.
Alcançou com a mão o pianinho e brincou com suas notas mais próximas.
Trouxe o caderno de música à mão e o que parecia mais estranho é que usava lápis de cores.
Não quis atrapalhar.
Tocava uma nota, pintava uma cor,
mais um plin, e outro pingo...
Assim foi fazendo, e cada vez com mais alegria...
Eu jamais podia imaginar o que se passava em sua cabeça, mas que aquele olhar era de uma alegria contagiante era inegável.
Acompanhei sem fazer qualquer interrupção e sem me esforçar para entender...
Era tão lindo que assistimos a chuva passar sem que nos déssemos conta.
(silêncio)
O caderno de pautas estava todo colorido... aqueles pontos faziam todo o sentido em sua cabecinha... (ele poderia reproduzir quantas vezes eu quisesse)
Que impressionante!
Quanta doçura!
Ganhei o dia.
Era apenas um menino... e já compunha às borboletas!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Lindo, lindo, lindo! Suave como vc.
ResponderExcluirAhhhh tão fofo... Sutil. Adorei!
ResponderExcluirNossa, adorei seu texto, muito lindo, parabéns!
ResponderExcluirBom conhecer novos e talentosos escritores!
ResponderExcluirParabéns Evelissa! Lindo texto...
Ela é minha amiga e minha chefe, Robson! Arrasei na comapanhia, num foi não? rsrsr
ResponderExcluir